COMO SURGEM AS EXPOSIÇÕES DO COM CIÊNCIA/AFFLORAR COR E FORMA
O grupo de artistas do Com Ciência trabalha sempre no coletivo um tema proposto, buscando porém seus referenciais individuais. Esse grupo vem trabalhando ao longo desses anos essa nova maneira de se expressar artisticamente de forma individual, porém no coletivo. Seria incorreto definir esse processo como uma mostra coletiva, pois a produção de todo o conceito apesar de individual, orquestrado gera produto coletivo. É como se sem uma prévia combinação, surgisse dentro de um contexto macro do grupo apresentações solo. Tudo parece ser interligado por uma linha invisível na qual a sintonia dos artistas pode ser percebida e sentida. As obras resultam da escolha individual de cada um, obedecendo alguns critérios. As histórias contadas não são projetadas com a intenção de uma conclusão final, mas ao serem finalizadas, acontece sempre uma grande surpresa, que resulta do caminho intuitivo que o trabalho tomou.
Tudo é resultado da produção de um grupo de artistas locais, que não vivem da arte, mas para arte. Apesar de não serem conhecidos, já são reconhecidos, principalmente no exterior com as exposições e intercâmbios internacionais que o Com Ciência ao longo dessa curta caminhada sempre promoveu.
Vários temas já foram trabalhados pelo grupo, como: a Paixão do Cerrado, Os muitos Brasis desse País, Consumo Sustentável, Árvores Protegidas e As Florestas Falam, A Arte ela Paz – O Pombo Correio, Bola da Cabeça ao Pés, Cavalos e Orixás. No momento estamos desenvolvendo mais alguns projetos para lançamento futuro, “As Patentes Perdidas da Natureza Local”, ” Os Irmãos Grimm – Profetas do Futuro”, “Tabuleiro da Bahia tem” e Vasos Gregos na Mitologia Iorubá.
Todas as exposições são itinerantes e as obras na sua maioria só podem ser adquiridas depois do clico final das mostras. Vários países da Europa têm mostrado um significativo interesse por esse trabalho que conjuga pinturas e textos paralelos aprofundando os temas abordados. Não se de trata textos explicativos para compreensão das telas, mas sim uma expressão artística literária paralela de ancoragem.
BOLA DA CABEÇA AOS PÉS
Artistas: alunos do Com Ciência
Cidades: Leipzig e Bergisch Gladbach ambas na Alemanha
Público visitante: 90 mil
Bola da Cabeça aos Pés, é um livro de arte gigante e transitável que analisa o fenômeno do futebol e investiga o fascínio que a bola exerce sobre o ser humano, tudo com um olhar artístico. É composto por textos e ilustrações de arte (pinturas óleo sobre tela) divididos por capítulos em vários assuntos. Bola da Cabeça aos Pés, é uma instalação contemporânea, apresenta o futebol sob prismas modernos de debates, como questões jurídicas, psicológicas, sociológicas, e antropológicas resgatando ao mesmo tempo referências mitológicas e históricas usando a arte como trilho principal para a condução do tema. A abordagem é lúdica, mas nem por isso abandona sérias questões como o racismo, a desigualdade social indo até mesmo a uma abordagem ambiental
Mas qual é a função do artista senão reler o mundo sob o seu prisma? Mergulhar no mito e na filosofia é ir além da arte, pois além de criar, ele busca o bisturi crítico de uma análise que só é possível através da postura livre defendida pela filosofia. A filosofia procura analisar o mundo sob várias perspectivas e a arte, ao contrário, utiliza a perspectiva para oferecer sensações falsas da tridimensionalidade no mundo bidimensional. O futebol sempre foi um tema corriqueiro no coração desses brasileiros e passa a ser novamente pensado. O resultado desta viagem é legítimo e honesto; vale apena ser conferido. Esta instalação não tem a intenção de quebrar paradigmas, nem apresentar soluções. Vem deixar mais dúvidas e provocar novas reflexões. Muitos afirmaram que com o aparecimento da máquina fotográfica no fim do século XX, a arte teria um novo papel, além do registro. Está aí. O futebol sempre foi fotografado e filmado. Agora foi pintado e filosofado da cabeça aos pés.
A mostra homenageia também as divas do cinema de Hollywood, Carmem Miranda e Marlene Dietrich. Entre outras personalidades também participaram do livro com textos, o jogador de futebol mineiro campeão da Copa de 70 Eduardo Gonçalves de Andrade (Tostão) e o químico inglês Harold Kroto, ganhador do Prêmio Nobel de química no ano de 1996. Esse trabalho já foi apresentado na Feira Internacional do Livro de Leipzig / Alemanha em 2006 na forma de uma instalação, um livro gigante de 500m2. Participou também da Copa Mundial de Futebol no mesmo ano, na cidade alemã Bergisch Gladbach nas instalações de seu teatro municipal. O patrocínio alemão em torno de 2,1 milhões de reais viabilizou a realização desse projeto fora do Brasil.
ARTE PELA PAZ- O POMBO-CORREIO
Artistas: alunos do Com Ciência
Cidades: Goiânia, Brasília, Kassel/Alemanha e Porto/Portugal
Público visitante: 90 mil
O pombo-correio é com certeza um dos animais mais fascinantes, considerado por muitos pesquisadores a oitava maravilha, dado ao mistério ainda não desvendado da sua brilhante orientação espacial que mesmo sem radares, GPSs e instrumentos de vôo são capazes de romper quilômetros de distâncias e independente de onde são soltos acharem com absoluta precisão o caminho de casa. Nenhum outro animal, provoca-nos ao mesmo tempo dois sentimentos, admiração e repugnância. Para a grande maioria todos pombos são iguais e servem apenas para proliferar e espalhar doenças como fazem os conhecidos pombos de rua. Esses pombos de rua são considerados uma praga e dividem a comunidade entre defensores e inimigos, um meio termo não existe. Contudo na memória da humanidade o pombo da antiquidade ainda possui o cargo de ser o guardião da paz.
Foi esse desconhecimento sobre o tema que levou trinta alunos de pintura do COM CIÊNCIA, a mergulhares no universo do “pombo-correio”. Após grande período de pesquisas, encontros com criadores de pombos-correios também denominados de columbófilos, surgiu uma bela mostra intitulada “Arte pela Paz- O pombo-correio”. Depois de pronta foi apresentada na Agência Central dos Correios em Goiânia, no Encontro Nacional de Columbofilia em Brasília e por fim seguiu para Europa estrelando em Kassel/Alemanha e posteriormente na cidade do Porto/Portugal. Em Kassel esteve presente na 15ª FEIRA INTERNACIONAL DE COLUMBOFILIA de 2004 e de lá a exposição foi convidada para participar em janeiro de 2005 da 29ª OLIMPÍADA DE COLUMBOFILIA, sendo apresentada no lindo Museu dos Transportes e da Comunicação. A visitação de ambos eventos chegaram à cifra de 100 mil visitantes. Em ambos eventos a mostra contou com uma forte cobertura da impressa internacional.
PAIXÃO DO CERRADO
Artistas: alunos do Com Ciência
Cidades: Goiânia e Brasília
Público visitante: não estimado

Evandra Rocha e Dra. Berta Lang, pretigiam a exposição em Brasília.
Evandra é entrevistada por Ana Maria Braga, no programa da Globo, Mais Você.

Ao conhecermos as ameaças que o “Bioma Cerrado” corria e ainda corre, nos acendeu-se uma luz vermelha de alerta. Inspirados na Dra. Berta Lang, botânica alemã radicada desde criança no Brasil, importante pesquisadora da morfologia do cerrado na USP e na aquarelista mineira radica em Goiânia, Evandra Rocha, vimos a necessidade de tocar os corações dos alunos em primeira linha e depois de um público maior. Evandra, uma amiga querida, sempre nos impressionou com sua vida dedica ao trabalho de perpetuar os fruto e as flores do cerrado, através das suas maravilhosas aquarelas. Alunos adultos e crianças aceitaram o desafio e nasceu a exposição ” “Paixão do Cerrado”.
FLORESRAS PROTEGIDAS, AS ÁRVORES FALAM
Artistas: alunos do Com Ciência
Cidades: Lauro de Freitas e Salvador
Público visitante: não estimado
O Brasil sempre conviveu com a fartura e riqueza natural abundante, nunca viveu terremotos e catástrofes naturais, por isso mesmo tem muita dificuldade de avaliar e entender que os recursos naturais são finitos. Essa exposição fala das florestas e das árvores urbanas. Ainda precisa-se refletir muito sobre as relações ser humano/árvore. O país vive um constante desmatamento. Pouco ou quase nada se fala das árvores. A relação do brasileiro com as árvores precisa ser repensada.
OVOS DE AVESTRUZ
Artistas: alunos do Com Ciência
Cidades: Goiânia
Público visitante: não estimado
Seguindo a tradição alemã de pintura das cascas de ovos no período páscoa, onde eles servem como enfeite para a árvore da páscoa, resolveu-se usar cascas de ovos de avestruz como suporte para pintura. Assim surgiu essa exposição.
ORIXÁS
Artistas: Lopes do Com Ciência
Cidades: Lauro de Freitas E’carte
Público visitante: não estimado
CAVALOS
Artistas: alunos do Com Ciência
Cidades: FENAGRO 2010/Parque de Exposições- Salvador/BA
Shopping Estrada do Coco -Lauro de Freitas /BA
Público visitante: não estimado