EXPLORAR A CRIATIVIDADE É FUNDAMENTAL

" O desenho é uma rica ferramenta, lúdica e ao alcance de todos"
Voltando ao período pré-civilizatório, é possível ver que o ser humano já nas expressões rupestres, demonstra que o desenho foi seu primeiro meio de comunicação, deixando claro que esse gesto atávico, norteou sua caminhada desde seus primeiros ensaios.
Diante desses fatos é lícito afirmar que, o desenho é e sempre foi a ferramenta mor de expressão humana, modelando seus traços civilizatórios tendo ficado conhecido e presente mais como uma ferramenta matriz das artes, que como um idioma puramente de expressão, pois os alfabetos, que nada mais são que desenhos codificados, roubaram-lhe o título e o glamour de ser chamado de idioma, mas mesmo ainda assim não conseguiram roubar-lhe o seu principal papel, que é o da expressão.
O desenho é a matriz principal da forma, pois ele é a ferramenta que embasa as produções materiais que analisaremos a seguir. Apesar de ser estudado separadamente ele está contido em praticamente quase todas outras formas expressões artísticas como: nos passos coreografados da dança; nas organizações das notas musicais; na pintura; na arquitetura; na modelagem; na moda; no design entre outras.
Toda criança desenha esse é um fato, o desejo dos pequenos por lápis e papel é incontestável.
Porém todas essas reflexões servem para deixar claro que independe do que seja, o desenho, é incontestável a primeira forma de expressão gráfica da criança, indo além é, segundo a neurocientista, psicóloga, antropóloga, musicista e doutora em desenvolvimento humano, Elvira Souza Lima, o treino preparatório para a escrita futura e tende a ficar desestimulado com o início do processo da alfabetização.
Para o espaço terapêutico o desenho é super importante, pois é algo familiar a todo indivíduo seja ele adulto ou criança, experiente em desenhar ou não. Vencidas possíveis resistências iniciais por parte do paciente, o desenho é uma poderosa ferramenta de expressão, mesmo que ele não consiga traçar bem, o inconsciente se comunica e conteúdos que jamais falariam verbalmente emergem e se expressam.
O desenho pode ser usado tanto como diagnóstico quanto como intervenção. O desenho é uma ferramenta estruturante quando o caso é reorganização. Como exercício cerebral de neuroplasticidade, ativação da memória e foco, é insuperável.
Ele pode ser dosado com precisão e não tem quem não se renda a ele.
Campos da Percepção pelo Desenho
Nosso estudo compreende as percepções “visuais”, “motoras” e “emocionais” que irão gerar sempre memórias variadas como: episódica, procedural entre outras.
O visual, mobiliza o mental, ou seja interfere no âmbito das ações como: pensar, observar e ver. No campo do desenho, essas funções são fundamentais. Pode-se afirmar também, que essas funções sofrem grande influência do processo do desenho.
Na função motora, o desenho é 100% mobilidade e motricidade ao mesmo tempo. Existe aí a junção do movimento e da precisão do tato. Para o ato de desenhar formas paralelas, circulares e convergentes , a coordenação motora, a pressão adequada, a motricidade fina entram em ação. Um cérebro pouco treinado ou debilitado não consegue executar tais tarefas.
O emocional já é um campo é mais subjetivo, nem por isso deve nessa questão ser esquecido. Ele é uma percepção individual e pessoal, mas está diretamente ligado com os anteriores. Ao lograr êxito ou ter contato com as frustrações e dificuldades, sentimentos e emoções são acionadas. Autoestima é algo muito representativo, assim como superação das expectativas.
O processo de formação de desenho dentro do “Método Pensar 3D” engloba o estudo das seguintes áreas: objetos, rosto, ambientes e corpo. Rosto e corpo são ligados simbolicamente ao indivíduo, enquanto objetos e ambiente assumem a relação do meio em que eles operam. Mas tudo afeta direta ou indiretamente, tudo está relacionado em cadeia.
Esse método é pensado para agir como uma ponte facilitadora entre o aluno e desenho. Depois de superada a dificuldade inicial o aluno consegue se conduzir de maneira autônoma. O desenho é um poderoso exercício de neuroplasticidade, que a capacidade de modificação cerebral. Assim o aluno de maneira lúdica, ativa e reorganiza seu cérebro. Esse processo é indicado para dois grupos em especial, adolescentes e maturidade. Ambos os grupos enfrentam medos, um por entrar na vida adulta com muitas preocupações e o outro por sair da vida produtiva com total apreensão do que está por vir. Os jovens precisam ativação e os maduros prevenção. Tudo acontece de maneira divertida e prazerosa.
Alguns benefícios do desenho- Método Pensar 3D
- Raciocínio lógico
- Interpretação
- Pensamento crítico
- Modulação meditativa
- Superação de expectativas
- Gestão de tempo
- Organização
- Ganho de visão ampliada
- Domínio da memória
- Aumento da percepção de espacialidade
- Maturação da persistência
Finalizando, o desenho atua como um trilho organizacional, dividindo o processo em fases distintas, possibilitando assim, didaticamente ao aluno, vencer cada etapa como uma meta a ser cumprida, ajudando-o a chegar a um resultado final satisfatório. Muitos que se entregam ao método, relatam surpresa ao terem conseguido sozinhos, ou seja, autonomamente, chegado a um bom resultado final. Isso além de reforçar neles a importância da organização e a elevação da autoestima, deixa evidente que eles podem fazer algo de qualidade.
DIFERENÇAS ENTRE MÉTODOS DE DESENHO
Desenho no Método Pensar 3D
Desenho nos métodos do Senso Comum
O foco é com a mudança geral da visão do indivíduo.
O foco é na interpretação das medidas do universais.
O método aposta na proporção intuitiva das coisas.
Para tudo, existe fases bem definidas, início, meio e fim. Tudo é apresentado em processos facilitadores, que batizamos de forma carinhosa de “Gugu Dadá”.
Não importa a semelhança, muito mais importante e a compreensão final de todo processo. Dessa forma, estimula a criação e a percepção geral.
Existe um foco bem aprofundado no conhecimento amplo de todos materiais de desenho utilizados no processo.
A perfeição mostra um lado do avanço se ela não for copiada e sim internalizada. Assim sendo a fluência é bem mais importante, pois ela gera e consolida memórias.
Para o Método é muito mais importante e ate mesmo fundamental “ Pensar 3D”.
Com todo o processo de ampliação e visão, treino de motricidade e geração e consolidação de memórias, a maioria dos indivíduos, consegue superar e avançar com sucesso.
Os métodos na sua maioria, focam geralmente, a observação do tema a ser desenhado, inclusive em muitas academias de arte, a disciplina tem o nome de “Desenho de observação”.
As medidas exatas são bem importante, pois o foco nesses métodos é na cópia real do objeto temático.
Foca em medidas mais exatas, existem assim várias técnicas para se medir.
Baseia-se no acerto e erro, de tanto errar ou acertar os métodos apostam no aprendizado. Mas os indivíduos, com pouca paciência e perseverança desistem com mais facilidade do processo, fazendo com que acreditem, que não possuem o dom para o desenho. Poucos nascem prontos na vida, a maioria tem que perseverar em tudo que faz.
Para maioria dos métodos, só desenha bem quem chegou mais próximo a realidade do tema. A cópia limita muito a criatividade e frusta muitas vezes, pois são poucos que logram a semelhança fotográfica. Essa semelhança pode até ocorrer, mas tem que ser de forma natural, pela mudança da visão e da motricidade, quando são consolidadas como memória.
De uma maneira generalizada, o material de desenho e sua qualidade é pouco importante nessa visão, tudo é mais intuitivo, sem se colocar foco em marcas e especificações.
Nesse processo, é grande a luta para se chegar ao modelo com a maior perfeição possível. Existe inclusive algumas técnicas de isolamento de pequenas regiões. Muitas vezes, o indivíduo, só consegue ver o resultado desse trabalho feito de retalhos, no final da produção. É um processo que apresenta um bom resultado visual, mas infelizmente gera pouca memória e fluência em desenho.
Nesse processo, diferente do outro, o mais importante é conseguir fazer o 3D.
Nesse processo as dificuldades bloqueiam e muito se frustram e se percebem incapazes e sem talento ou dom. Mesmo alguns conseguem avançar, ficam presos ao sistema de cópia, não conseguindo trazer para o papel o que imaginam no mundo das ideias. O desenho é um idioma de expressão e não um sistema de cópias. Que graça tem copiar uma poesia, mais vibrante é poder criar poemas.