A COR E A FORMA ATIVANDO CÉREBRO

Solidão no Aprender

A fase escolar é um grande desafio para muitas crianças e adolescentes. A primeira experiência extra familiar, que precisa trazer resultados. Por mais lúdico que possa parecer, aquele meio social é primeiro grande obstá-lo a ser superado. Como se não bastasse, trata-se de uma atividade que tem por finalidade apresentar resultados. Atores com papeis diferentes entram em cena, professores, diretores, coordenadores e colegas de classe.

Nem todos possuem a mesma facilidade de expressão e organização nesse meio. E na falta de um diálogo que se comunica com eficiência, surgem conflitos por toda parte. A escola para muitos deixa de ser o local da alegria de novos conhecimentos e transforma-se no castelo dos horrores.

Mesmo vencido esse obstáculo, muitas crianças e adolescentes sofrem de disfunções que podem tornar esse período da vida, uma grande cruz inclusive para os familiares que sofrem juntos e não sabem ao certo qual é o melhor caminho seguir.

Os principais tipos de problemas de aprendizagem

Conheça alguns transtornos que interferem no ritmo de aprendizado

Transtornos, dificuldades ou problemas de aprendizagem são desordens que dificultam o ritmo de aprendizado de uma pessoa. Esses problemas podem ser detectados a partir dos cinco anos de idade e necessitam de acompanhamento de psicopedagogos, psicólogos e, em alguns casos, fonoaudiólogos. Existem tratamentos que diminuem o grau dos transtornos de aprendizagem ao longo dos anos.

Importante ressaltar que as crianças podem apresentar certas dificuldades de aprendizagem, que podem estar relacionadas a outros fatores, como problemas na família, problemas de relacionamento com professores ou colegas, entre outros. Os transtornos de aprendizagem se configuram como uma desordem acentuada que interfere no modo de adquirir conhecimentos. Confira os tipos mais comuns de transtornos de aprendizagem:

Dislexia 

A principal característica da dislexia é a dificuldade em ler e escrever. Pessoas com dislexia apresentam atrasos para o aprendizado da leitura e da fala, problemas para memorizar palavras, regras ortográficas e conceitos, dispersão e falta de atenção. A dislexia é um problema crônico, com origem no cérebro, coluna vertebral e nervos (neurobiológica).

Discalculia

Dificuldades para compreender e assimilar regras, conceitos e operações matemáticas. Portadores desse transtorno possuem sérios problemas em realizar operações que envolvam números, além da dificuldade em ler símbolos matemáticos, operar cálculos numéricos e realizar operações mentais e escritas.

Disgrafia

A disgrafia é um distúrbio que dificulta a percepção e capacidade escrita dos indivíduos, levando os portadores a frequentemente cometerem diferentes erros ortográficos. De acordo com especialistas, o transtorno pode estar relacionado a problemas psicomotores, levando as pessoas a apresentarem dificuldade em formar palavras, reconhecer e diferenciar maiúsculas e minúsculas, espaçamento das palavras, entre outras.

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)

Um dos transtornos de aprendizagem mais conhecidos, o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é uma doença crônica que causa comportamento agressivo, ansiedade, dificuldades de aprendizagem, inquietação, entre outros. Os casos geralmente são detectados na infância e acompanham as pessoas durante a sua vida. Em alguns casos, a pessoa nasce com o problema e em outros passa a apresentar o problema após episódios de tensão e estresse.

Qual o papel da escola? 

A escola deve promover campanhas e desenvolver estratégias que possibilitem a integração dos alunos com transtornos de aprendizagem com o restante da comunidade escolar. O isolamento da criança pode intensificar o seu quadro devido a desmotivação em aprender. 

Também é importante que a própria escola desmitifique a ideia que a dificuldade de aprendizagem torna a criança “burra”, preguiçosa ou até mesmo fraca. Mesmo com tantas informações, ainda é comum os casos nos quais as instituições de ensino, não prestam o apoio necessário mas reforça o preconceito com portadores desses transtornos. 

Outro fator fundamental é que a escola tenha em seu quadro de professores, profissionais com formação específica para trabalhar com alunos que apresentem características especiais. Dessa forma, a união entre família, escola e educadores proporciona a criança o ambiente e ferramentas necessárias para conseguir desenvolver o seu aprendizado, mesmo com os problemas apresentados no percurso.

Fonte: E+B Educação | Gabriele Silva